sábado, 6 de julho de 2013


1. Quem é o Iúri?
Nasci e cresci em Silves no Algarve. Licenciei-me em Design de Moda na Faculdade de Arquitectura de Lisboa onde estou actualmente a concluir o mestrado. Decidi seguir por esta área por poder abranger muitos campos do conhecimento como a filosofia, a física, a sociologia, as neurociências, etc. e por permitir que estas se misturem para criar algo apelativo, interessante e que poderá realmente ser utilizado.
Fotografia por Sal Nunkachov

2. Qual foi a primeira peça de roupa que desenhaste?
Sinceramente não me lembro.

3. Quando crias algo novo, ou projectas uma nova colecção, qual é o teu estado de espírito?
Não tenho um estado de espírito específico para isso, mas criar tende a melhorar o meu humor. Faço-o quando sinto vontade ou quando tem de ser feito.

4. Guias-te mais pela realidade ou pela fantasia?
Depende dos momentos.

5. A apresentação no DEMO 2013 simboliza o culminar de mais uma etapa na tua formação, o final do mestrado em Design de Moda. Como estamos de nervos perante isso?
Não estou nervoso em relação a isso, mas sim ansioso por começar uma nova etapa.
Fotografia por Sal Nunkachov

6. O que inspirou para esta colecção em concreto?
Esta colecção foi inspirada pela filosofia da Desconstrução de Jacques Derrida, mais especificamente por um texto onde o mesmo explica os diferentes tipos de futuro. No fundo, esta surge de toda a pesquisa feita para a dissertação de mestrado, que se centra na utilização da Desconstrução como disciplina da filosofia e na teoria da arquitectura desconstrutivista para criar uma colecção de vestuário.

7. Que materiais utilizaste?
Os materiais escolhidos são simples, na sua maioria são fibras naturais, como algodão e lã com mistura de poliéster ou acrílico. Optei pelo tingimento caseiro em algumas das peças.

8. Ao nível do corte e design, no que é que a tua colecção se distingue das outras?
Acima de tudo pelo conforto aliado a uma certa irreverência que se deve aos jogos de assimetria e sobreposição que criam novas perspectivas sobre as várias peças.

9. És pela mistura de padrões, cores e texturas ou preferes optar por um impacto gráfico mais simples?
Esta foi a primeira vez que utilizei padrões e fiquei bastante satisfeito com o resultado, embora também me agrade um impacto visual mais simples.
Fotografia por João Bacelar

10. Como coadunaste o styling com os coordenados que apresentaste?
O styling foi simples. Utilizei passadores nas golas das camisas (e para fechar os punhos das mesmas) e diferentes turbantes como acessório de cabeça.

11. Qual deles foi o maior desafio? Destacarias alguma peça em particular como a peça-chave da tua mostra?
As peças assimétricas foram as mais desafiantes a nível de modelagem e confecção. A peça-chave acho que é o casaco comprido assimétrico do coordenado 5 porque reúne muitos dos componentes que formam os pormenores da colecção.

12. Quais são os teus planos para um futuro próximo?
Para já entregar a dissertação e terminar o mestrado.
Fotografia por Paulo Ribeiro

Esta entrevista resultou da elaboração de um
questionário-padrão aos designers do DEMO 2013.

Marta F. Cardoso

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