Paralelamente à ModaLisboa, decorreram vários eventos. Um deles foi o Wonder Room, um espaço amplo, simples, e bem iluminado com o objectivo de venda directa ao público. Fizeram parte deste evento várias marcas e designers relacionados com moda. Contudo, o Wonder Room não se ficou por aí, sendo possível igualmente adquirir produtos que iam desde comidas e doces (ELLG Gourmet), até bicicletas (Roda Gira) e objectos de decoração (Light Box LEAL).
Ao entrar no espaço, via-se desde logo a sua organização. Todas as bancas distinguiam-se umas das outras com facilidade, havendo a presença de mais de uma dezena delas.
O local escolhido, Torreão Poente do Terreiro do Paço, envolvia em si o cruzamento entre o antigo e o moderno não só devido ao espaço em si, mas também devido aos artigos que podíamos observar, sendo alguns mais vintage e outros em tudo contemporâneos.
Estiveram presentes:
- Cardume
- Rualidade
- Rasto
- Roda Gira
- ELLG Gourmet
- Urso Tigre
- Viiivelavie
- Senhor Prudêncio
- Common Cut
- 10/10
- Ideal & Co
- Catarina Ferreira
- Light Box LEAL
Mais informações aqui: www.dailymodalisboa.blogspot.pt/2013/03/wonder-room-cabinet-of-wonder-abre.html
De todos os que marcaram presença, o meu grande destaque vai para o projecto 10/10, desenvolvido pelo colectivo de designers de moda da Associação 31 d'Atalaia, situada no Bairro Alto em Lisboa. Este projecto visa à reprodução de 10 peças em 10 vezes diferentes, daí o seu nome.
Em cada reprodução são usados cores e tamanhos diferentes, pelo que o carácter de unicidade está intimamente presente. Todas as peças são únicas, pessoais e exclusivas, criando, assim, uma ligação estritamente emocional com o seu consumidor.
Os materiais utilizados na colecção exibida no Wonder Room englobavam o poliéster, a ganga e jersey, o algodão e a felpa. A paleta de cores e o grafismo era bastante sóbrio (azul, cinzento, branco, preto, algumas riscas).
Apesar de serem peças casuais e desportivas, todas elas revelavam ter uma grande personalidade, o que podia ser visto não só nos detalhes da sua execução, mas também num pormenor extremamente amoroso: as etiquetas (que não são de todo aquelas que estamos habituados a ver).
Se comprarmos uma peça 10/10, iremos encontrar na sua etiqueta o nome de quem participou na sua produção, o número de horas que demorou a ser produzida, o material de que é feita e o seu número de série (que vai até 10).
Neste sentido, o consumidor passa a fazer parte integrante do projecto, pois ganha conhecimento de pormenores que, devido à produção em série, são muitas vezes esquecidos ou colocados de parte.
Visitem a 10/10 em: www.facebook.com/projectodezdez
Marta F. Cardoso
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