E eis que chega o último dia da ModaLisboa. A 41ª edição, sob o tema EVER.NOW, despede-se, dando espaço para que todos os profissionais ligados ao meio possam reflectir acerca das colecções Primavera-Verão 2014 apresentadas no certame.
Agora virá a época em que são discutidas produções de moda, editoriais, entrevistas e colaborações. O fim de uma edição de qualquer Semana da Moda nunca é sinónimo de término de trabalho. É, sim, a significação de que mais trabalho se avizinha, encontrando-se alguns designers já a preparar as colecções que irão apresentar em Fevereiro, no caso das semanas em cidades internacionais, e em Março, no caso de Lisboa.
Este último dia foi dedicado ao vestuário feminino. Iniciou-se com a apresentação de Saymyname, marca gerida pela designer Catarina Sequeira que nos apresentou peças muito coloridas, com cortes geométricos e minimalistas.
A designer brincou com o volume e tamanho das peças, surgindo muitas delas em oversized. Notou-se uma clara e grande aposta numa faixa etária mais madura, com peças em linho e não tão desportivas. Uma vez mais, vêem-se muitos metálicos, preto e branco, azulões e verde-azulado. O styling escolhido seguiu na onda da inspiração inicial, a irmandade Mouride, que dá o nome à colecção, visto "Baye Fall" ser um subgrupo dessa mesma irmandade.
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| Fotografias oficiais da ModaLisboa, por Rui Vasco Sapatos: Xperimental Shoes |
A grande novidade desta edição, para além da ressuscitação da plataforma Sangue Novo, foi a adição de um novo designer ao programa principal. Luís Carvalho apresentou, assim, pela primeira vez, uma colecção da sua autoria na ModaLisboa.
"Shelter" foi o nome escolhido para a baptizar. Ficámos um pouco confusas, pois não vimos nenhuma associação entre o nome da colecção e as peças que foram apresentadas na passarela. Apesar disso, considerámos que talvez a sobreposição constante de peças pudesse justificar o nome escolhido.
O designer optou por um styling com cabelos volumosos, muito típico dos anos 80, tendo conjugado o mesmo com peças que seguem o que já foi visto nas outras colecções: crop tops, cortes rectos, estruturas quadradas, padrões chamativos, muito azul e metalizados.
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| Fotografias oficiais da ModaLisboa, por Rui Vasco Sapatos: Lof Tribalta, Cabelos: Helena Vaz Pereira, Maquilhagem: AR Make Up |
À estreia de Luís Carvalho seguiu-se a apresentação da colecção Primavera-Verão 2014 de Pedro Pedro. "La Femme qui Chante" abriu com a manequim Milena Cardoso e a passarela encheu-se de transparências e peças românticas contrapostas com malhas e parkas para dar um feeling militar.
Uma vez mais, os nudes, rosas e verdes foram avistados em forma de diferentes texturas, todas elas super femininas e ultra leves. Os decotes nas costas e os bordados apareceram contrabalançados pelas proporções e silhuetas quadradas que garantiram força e garra às peças.
Surgiram alguns full white looks, assim como metálicos, azuis e castanhos. Os coordenados, na sua generalidade, remeteram-nos para a ideia de tropas militares, essencialmente, devido ao uso de cintos, chapéus e tachas metálicas.
Tal como visto em colecções anteriores, foram apresentadas algumas blusas amarradas em laços. Tecidos com brilho e lantejoulas deram lugar a padrões de camuflagem em flor que, novamente, despertaram a sensação de rigor militar aliado a um romantismo muito feminino e deliciado.
Surgiram alguns full white looks, assim como metálicos, azuis e castanhos. Os coordenados, na sua generalidade, remeteram-nos para a ideia de tropas militares, essencialmente, devido ao uso de cintos, chapéus e tachas metálicas.
Tal como visto em colecções anteriores, foram apresentadas algumas blusas amarradas em laços. Tecidos com brilho e lantejoulas deram lugar a padrões de camuflagem em flor que, novamente, despertaram a sensação de rigor militar aliado a um romantismo muito feminino e deliciado.
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| Fotografias oficiais da ModaLisboa, por Rui Vasco Sapatos: Basilius |
Marques ' Almeida, dupla constituída por Marta Marques e Paulo Almeida, apresentou uma colecção que já havia sido desvendada na Semana da Moda de Londres, onde a sua participação já se tornou habitual.
A imagem da marca esteve presente em todos os coordenados que, indiscutivelmente, gritavam a estética apurada destes dois designers. As gangas desfiadas não podiam faltar. O branco, os verdes, rosas e azuis utilizados no vestuário transportaram-se para os acessórios e sapatos. As roupas surgiram, novamente, amarradas, assim como os cabelos.
As transparências parecem surgir naturalmente de entre coordenados muito à anos 80-90, trazendo-os e elevando-os até aos inícios de 2000. O styling despojado e descontraído ajudou à aceitação de prints difíceis de usar, como o padrão de pele de vaca em preto e castanho.
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| Fotografias oficiais da ModaLisboa, por Rui Vasco |
Marta F. Cardoso
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