sexta-feira, 29 de junho de 2012


Olá a todos!

Hoje venho falar-vos de um ícone de estilo muito mediático por todo o mundo devido não só ao seu papel no mundo político, mas também ao seu esforço de preservação histórica e renovação cultural levado a cabo, principalmente, na capital dos EUA.

Jacqueline Kennedy Onassis, ou Jackie como foi carinhosamente apelidada, foi a Primeira-Dama norte-americana entre 1961 e 1963, data do assassinato do seu marido John F. Kennedy, o mais jovem Presidente dos Estados Unidos da América.

Capa da revista Time

É preciso ter a noção de que não foi apenas devido ao seu estatuto político (como Primeira-Dama tinha a obrigação de ter uma postura elegante e uma presença marcante) que Jackie se tornou num ícone de moda mundial. Ela representa o estilo e a sofisticação dos anos 60 na América.

Jacqueline Lee Bouvier (nome de solteira), nasceu a 28 de Julho de 1929 numa família abastada. Foi, desde o início da sua vida, educada em ambientes cultos e ricos e passou grande parte da sua infância em Nova Iorque, Rhode Island e Virgínia. Ganhou, desde muito cedo, uma grande paixão por equitação e competições. Os seus passatempos envolviam escrever poemas, pintar, e ler vorazmente. O seu percurso académico incluiu a The Chaplin School e a Miss Porter’s School, como ensino básico e médio respectivamente. Mais tarde estudou no Vassar College onde fez um intercâmbio para Sorbonne, em Paris. Quando regressou, foi para a Universidade de George Washington, onde se licenciou em Literatura Francesa.

Foi em 1952, numa entrevista para o Washington Times Harold, onde trabalhava, que conheceu o Senador John F. Kennedy. Não foi preciso muito tempo para anunciarem o noivado. Casaram cerca de um ano depois, a 12 de Setembro de 1953. Jackie usou um vestido de noiva para o qual foram necessários 50 quilos de seda de marfim e que demorou mais de dois meses para ser feito. O vestido apresentava um decote em barco, ombros destapados e uma saia com roda, bordada com minúsculas flores em seda. Foi uma criação de Ann Lowe, uma designer afro-americana que desenhou alguns dos vestidos das mais importantes figuras da alta sociedade.

Jacqueline Kennedy no seu vestido de noiva de Ann Lowe

Do seu casamento resultaram 3 filhos: Caroline (1957), John (1960) e Patrick (1963) que viveu apenas dois dias.

A família Kennedy

É a 21 de Janeiro de 1961, com a eleição do seu marido para Presidente dos EUA, que se torna numa Primeira-Dama activa e empenhada em deixar a marca da sua passagem na Casa Branca. O seu gosto pelas artes e pela cultura, em conjunto com o seu casamento problemático devido aos casos amorosos do seu marido e aos seus problemas de saúde, fazem de Jacqueline uma pessoa muito direccionada tanto para o desenvolvimento da cultura, bem como para a restauração cultural. A sua grande meta era transformar Washington num local de culto e orgulho nacional. Para tal, procedeu a uma remodelação da Casa Branca e restaurou a sua zona envolvente. Surgiu também com a ideia de criar um Centro Cultural Nacional que, mais tarde, teria o nome de The John F. Kennedy Center for the Performing Arts.

No dia 22 de Novembro de 1963, Jacqueline Kennedy vestia um lindo fato Chanel cor-de-rosa e encontrava-se sentada junto ao seu marido, em Dallas, quando este foi alvejado mortalmente. A sua rápida reacção ao sucedido e a forma como lidou com tudo o que passou nos dias seguintes "deram ao povo americano uma coisa de que eles sempre careceram: uma majestade", segundo as palavras do tabloide britânico Evening Standard.

Jackie com o fato Chanel,
símbolo do assassinato do seu marido

A sua vida após a morte do marido mudou drasticamente. Em busca de paz e privacidade para a sua família, mudou-se de Washington para Nova Iorque, onde tentou viver longe dos media. Em 1968, volta a casar com o milionário Aristóteles Onassis, um grande armador de navios. Contudo, tal como no primeiro casamento, Jackie fica rapidamente viúva, em 1975. Começou, então, uma carreira editorial, chegando ao cargo de Editor Sénior da Doublebay. Especializou-se em trabalho relacionado com artes cénicas e arte e literatura egípicias.

Faleceu em Nova Iorque a 19 de Maio de 1994, com 64 anos.

Enquanto Primeira-Dama dos EUA, esteve sempre na ribalta graças à sua beleza, postura e graciosidade. As roupas francesas eram as suas preferidas, provavelmente devido à sua adolescência quando trabalhou em lojas parisienses, onde obteve um grande conhecimento sobre moda. No entanto, o seu "Guarda-Roupa de Estado" estava a cargo do designer de Hollywood Oleg Cassini.

Jacqueline Kennedy Onassis vestida por Oleg Cassini

Foi também muitas vezes vestida pela designer venezuelana Carolina Herrera.

Jacqueline Kennedy Onassis foi diversas vezes capa da Vogue e a sua vida foi sempre muito mediática e cheia de interesse para o público não só americano, mas de todas as nacionalidades. O seu estilo foi copiado por milhares de pessoas em todo o mundo. Mesmo após a sua morte, Jackie é ainda motivo de interesse e de referência. Recentemente, estreou na FOX life a série The Kennedys, onde Katie Holmes interpreta brilhantemente o papel de Jacqueline Kennedy e onde podemos observar o estilo característico deste grande ícone mundial.

Jacqueline e John F. Kennedy (esq.)
Katie Holmes e Barry Pepper na série "The Kennedys" (dir.) 

O seu estilo, classificado como "Chique-Desposado", compreende desde fatos chiques e perfeitamente costurados até vestidos que apresentam sempre delicados detalhes. Jackie não foi apenas a mulher de John F. Kennedy, foi muito mais do que isso. Tornou-se num dos mais populares ícones americanos e mundiais, tendo feito da política algo fashion e tendo, também, inspirado todo o mundo a adoptar o seu estilo clássico, elegante e cheio de graça – o Jackie look.

Kiss kiss bang bang,
Joana Costa
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Editado e revisto por Marta F. Cardoso

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1 Comentários:

  1. A Jacqueline foi de facto um grande fashion icon desses tempos! xx

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