sexta-feira, 25 de outubro de 2013


O grupo editorial Condé Nast, sediado em Nova Iorque, confirmou na passada Quarta-feira, 23 de Outubro, através de um porta-voz, a sua decisão de descontinuar, a partir de 2014, o programa de estágios nas revistas que edita, entre as quais se encontram títulos como The New Yorker, Vogue e GQ.

A WWD especula que o motivo desta decisão se prende com os processos instaurados, no passado mês de Junho, por dois antigos estagiários das revistas W e The New Yorker (em 2009 e 2009-2010, respectivamente). A base para estes processos é a violação das Leis salariais, sendo que os dois indivíduos afirmam ter recebido, durante os seus estágios, abaixo do salário mínimo, ou seja, menos de 1 dólar à hora, num total de 14 horas diárias.

Processos desta natureza saem bastante caros às companhias e são alarmantes para as Relações Públicas das mesmas.

A escolha de cessar os protocolos de estágio poderá trazer várias consequências para novos jornalistas que esperavam, no fim do seu percurso académico, ter a oportunidade de lançar a sua carreira, se bem que, tendo em conta o imenso e cansativo trabalho entregue às mãos dos estagiários, seria um lançamento muito extenuante.

Os estagiários que se encontram presentemente integrados no programa estão salvaguardados até ao fim dos seus estágios, uma vez que esta decisão não os afecta.

Contudo, alguns estagiários e antigos estagiários consideram que sacrificar o programa é demasiado extremo, pois retira a possibilidade de lançamento a muitos jornalistas inexperientes, mas com grande potencial.

A Condé Nast não é a única companhia editorial com problemas deste género, também a Hearst foi alvo de um processo, igualmente baseado na violação das Leis salariais, por parte de um indivíduo que estagiou no Harper's Bazaar.

Capa da Vogue USA
Outubro de 2013
Capa de The New Yorker
Outubro 2013
Capa da revista W
Outubro de 2013

Joana Costa

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