segunda-feira, 1 de julho de 2013


Inês Castro Freitas – Allium
Refrescante, pura, ingénua e imaculada. Assim se caracteriza a colecção "Allium", apresentada por Inês Castro Freitas.
Com inspiração em flores, esta colecção capta a frescura e a pureza de um jardim de alfazemas no qual podemos correr sem direcção e sentirmo-nos livres.
Destaque para as cores escolhidas, que se complementam na perfeição, e para apontamentos de styling, como a colocação de círculos semblantes de pétalas nos sapatos.
Pormenores como as transparências e o uso de fechos metálicos fizeram a riqueza da colecção falar por si.
Podia equiparar "Allium" à colecção Resort 2013 da Chanel, talvez pelo uso de ganga e pela paleta de cores usada.

Fotografia de Paulo Ribeiro

Diana Água-Mel – TO CUT. TO FOLD. TO EXPAND.
Inspirada no trabalho de Richard Serra, a colecção de Diana Água-Mel retrata exactamente aquilo que mais caracteriza as obras deste escultor: o minimalismo.
"To cut. To fold. To expand." é uma colecção integralmente em preto e branco que apresenta uma mulher elegante, destemida, simples e, no entanto, complexa.
Diana revelou ser uma designer com um olhar muito atento, visto ter apresentado uma grande variedade de peças que vão desde calças, calções, vestidos e casacos até t-shirts, saias e camisolas.
O grande destaque vai para o casaco do último coordenado, absolutamente divino.

[Um pequeno apontamento pessoal: todas as peças desta colecção fizeram-me muito feliz.
Era capaz de as usar a todas. A Diana acertou em cheio no meu gosto.]

Fotografia de João Bacelar

Pedro Taibner – Bitchy
Pedro Taibner fez jus à sua musa inspiradora: Britney Spears.
Apesar de pessoalmente não ser fã da cantora pop, tenho de dar o crédito ao Pedro por a ter retratado na perfeição. Mesmo quem não soubesse que Britney Spears tinha sido a inspiração do designer, chegava lá facilmente só de vislumbrar os coordenados apresentados.
Dou ainda crédito ao Pedro por ter utilizado materiais sintéticos e pela confecção das peças, apesar de ter achado algumas delas reveladoras demais (mas, a Britney é a Britney).

Fotografia de João Bacelar

Rita Lopes – Mountain Climbers
Podia descrever esta colecção dizendo apenas "impecável" (a única palavra que constou no meu bloco de anotações). Contudo, creio que há um pouco mais a dizer.
De fonte segura, sei que a Rita se esforçou imenso para fazer esta colecção. E de fonte também segura, sei que é uma designer com um enorme amor pelo que faz e que se dedica de corpo e alma aos seus projectos.
"Mountain Climbers" revelou ser uma colecção extremamente jovem, bem confeccionada e pensada. Todas as peças têm lugar em loja e cabem no guarda-roupa daqueles que procuram um estilo urbano e desportivo, sem fugir à onda casual.
Destaco as aberturas nas peças que lhes conferem um toque diferente e ousado, assim como a escolha da música e styling. O facto dos coordenados serem reversíveis é um ponto completamente a favor desta colecção.
Adorei a diversidade apresentada e o corte dos coordenados que é capaz de funcionar em qualquer tipo de corpo. Com estes dois factores, acrescidos à dinâmica das peças, Rita mostrou ser segura do público-alvo que pretende atingir e isso é uma grande mais-valia para o seu futuro enquanto designer de moda.

Fotografia de João Bacelar

Estas críticas não são, de forma alguma, textos jornalísticos.
Representam exclusivamente a minha opinião pessoal e não uma verdade absoluta.

Marta F. Cardoso

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5 Comentários:

  1. "Apesar de pessoalmente" e graças a uma "fonte segura", espero que segura à parede para não cairmos. Isto torna-se jornalismo digno do Correio da Manhã. Parabéns!

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    1. Caro seguidor anónimo,

      Gostaria de esclarecer que as críticas ao DEMO 2013 são isso mesmo... Críticas. Ou seja, representam exclusivamente a minha opinião pessoal.
      Não são artigos jornalísticos nem nada que se pareça. Por isso mesmo é que são usadas expressões como "pessoalmente", visto que tudo o que escrevi retrata unicamente o meu ponto de vista e não uma verdade absoluta.

      Obrigada pela atenção!

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    2. Cara Marta,

      Sou apreciadora e seguidora assídua do seu trabalho. Compreendo quando assume a sua "opinião pessoal" que por muito que deva ser o mais imparcial e justa, todos somos seres subjectivos, e não revejo nisso o problema. Mas sim, na sua necessidade de "baloiçar" para "fontes seguras", tão seguras como eu que permanecem anónimas e me interrogam sobre a sua autonomia crítica. Eu, e como de certo, todos os outros leitores seguimo-la pela sua visão e não por transcrever fontes sem referência.
      Obrigado pela sua dedicação.
      Anónimo

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    3. Caro Anónimo,

      Agradeço que aprecie e que siga o meu trabalho, pois é isso que me motiva para continuar a trazer este tipo de conteúdos para o Trend me too.

      O motivo pelo qual não mencionei a fonte é simples. Felizmente, tive oportunidade de falar com todos os alunos e de acompanhar muitos deles desde o início deste projecto até ao fim. Isto permitiu-me conseguir perceber perfeitamente que a Rita possuí estas características. Achei de extrema relevância dar-lhes visibilidade, uma vez que foi uma das alunas que mais se esforçou para a realização deste projecto. Quer isto dizer que a minha fonte segura é meramente a minha observação pessoal e experiência em campo com os designers.

      Uma vez mais, gostaria de deixar claro que estas críticas não passam de opiniões pessoais e não são, de forma alguma, textos jornalísticos.

      Agradeço, novamente, o seu interesse no Trend me too, facto que me deixa muito feliz. Contudo, creio não haver motivos para colocar em causa quer a minha autonomia crítica, quer a minha visão, visto que me baseei exclusivamente naquilo que penso, dando visibilidade a todos sem excepção e proporcionando a divulgação de todas as colecções sem fazer distinção entre x ou y. No caso concreto dos posts das críticas, é natural que fale com mais gosto de uns, do que de outros, pois gostei mais de umas colecções do que de outras.

      Para terminar, gostaria só de acrescentar que, visto que segue o meu trabalho de perto, certamente sabe que tudo o que são fontes, para além de mim mesma, são referidas. Se há prática inconcebível para toda a equipa deste projecto é a de citar fontes sem as referir ou de publicar textos/imagens sem dar os devidos créditos. Aliás, aqui no Trend me too, pedimos sempre que, ao partilharem artigos, se refiram ao site, pelo que é lógico que, ao pedir isso, farei sempre o mesmo quando for eu a partilhar algo que não é meu.

      Espero que a situação se encontre esclarecida. Estou disponível para esclarecer qualquer questão que surja da sua parte, como sempre.

      Os meus cumprimentos.

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